O evento abordou o tema desigualdade e a distinção de gêneros em premiações.

O curso de Rádio e TV do Complexo Educacional da FIAM-FAAM, promoveu no dia 25 de novembro o III Festival Audiovisual.
O evento teve o intuito de mostrar que o que vale é o talento e não quem carrega. Um grande exemplo foi a atriz Emma Watson na cerimônia da “MTV Movie and TV Awards” ganhou o prêmio de melhor atuação e interpretação do filme, essa é a primeira vez na história em que uma cerimônia entregou uma estatueta sem distinção de gênero entre atores e atrizes. No palco, ao vivo para o mundo todo, Emma disse o seguinte: “A atitude da MTV em criar uma premiação que não se baseia na questão de gênero significará algo diferente para cada um. Para mim, isso indica como a atuação é muito mais sobre se colocar no lugar de outra pessoa. E, para isso, não é necessário separar homens e mulheres em duas categorias diferentes".
O discurso impactante exalta a decisão de colocar homens e mulheres, pela primeira vez, para concorrerem juntos na categoria de atuação. O que já acontece em todas as outras categorias dos prêmios e festivais, como direção, montagem, roteiro e entre outros. Segundo o IBGE as mulheres ainda ganham 40% menos do que os homens. O congresso brasileiro é composto por quase 80% de homens, mesmo as mulheres sendo maioria no país.

Foi através desse exemplo que o Centro Universitário do FIAM-FAAM decidiu ao invés de separar e segregar, adotar os prêmios sem distinção de gênero, com a intenção de incentivar a mudança no mundo e motivar a viver em uma sociedade menos desigual e com mais empatia pelo outro.
Durante o Festival, ocorreram várias premiações e em todas os gêneros não foram o mais importante. “Dividir e reduzir uma pessoa nessa lógica binária de homem e mulher me parece não ser saudável. E aqueles que não se identificam com essa lógica? Prince, David Bowie, Asia Kate Dillon, atriz da série “Billions”, são apenas alguns exemplos. Asia não se identifica nem com o gênero masculino, nem com o feminino. Dessa forma ela não poderia concorrer a nenhuma categoria que separa seu trabalho de atuação em trabalho de homem ou trabalho de mulher”, encerra o Coordenador do curso de Rádio, TV e Vídeo Fernando A. Leme.
